domingo, 1 de dezembro de 2019

Ancestralidade


"Inemori, inemori, anechi lacifer mecimeri."
Trecho do livro O Cavaleiro da Estrela Guia, de Rubens Saraceni. Que na antiga e já adormecida língua cristalina significava: "Em um jardim, em um jardim celestial, alguém semeia preces e ora por mim."

Mesmo o mais solitário ser, sabe que em seu interior seu espírito busca pelos seus elos perdidos. As vezes nos encontramos com alguns desses seres que de repente sabemos que gostamos, sem um motivo original, sem lógica. Apenas somos magnetizados por algumas almas que nos cruzam durante essa caminhada. 
As vezes, sua passagem é curta, outras duram a vida inteira. A sensação é de que eles sempre vem e vão no tempo certo, sejam quais forem as circunstâncias.

Essas ligações tem em sua ancestralidade mais antiga, a sensação de que saíram da mesma centelha do criador. O espírito, em seu interior mais profundo, identifica sua essência e a sensação de casa, a sensação de estar no úturo com seu irmão gemêo, protegido de tudo e amado maternalmente.

Muitos são os níveis espirituais em que esses diferentes seres se encontram. Muitos deles por questão de vibração não tem permissão de encontrar um ao outro. Mas sempre que esse espírito, que está em planos mais elevados se lembra dos que teve de deixar para trás na caminhada em direção ao infinito. Ele reza sua prece ao Criador. Pedindo que sua evolução seja acelerada, pois se olha para trás, é por amor.

Alegres e iluminados são aqueles que conseguem notar essas almas em sua encarnação, em meio a tantas almas.

É preciso, no entanto, se conhecer profundamente antes. Só após, quando seu amor pessoal já se derramar para fora de si você será capaz de amar a criação e ver os seus afins.